Procurar namorado ou não? Eis a questão!

Há quem diga que quem quer, de verdade, vai atrás. Faz por onde. Não desiste enquanto não conseguir. Outros, no entanto, defendem que o que é seu, ninguém pega. Vem até você, sem precisar se esforçar. Dois modos de pensar aparentemente bem diferentes, mas que, se refletirmos cuidadosamente, tem lá suas similaridades. Ou melhor, complementam-se de maneira eficiente!
Portanto, se a questão é se você deve procurar um namorado ou confiar que, na hora certa, ele virá até você, minha resposta é manter a coerência e o equilíbrio entre as duas escolhas. Explico! “Quem procura, acha”, diz a sabedoria popular. Mas ela diz também que “o que tiver de ser, será!”. Isso significa que você deve fazer a sua parte, sim. Deve focar no seu desejo e se manter aberto para possíveis pretendentes. Porém, sua parte não é a parte toda.
Ninguém tem o poder de decidir sozinho se começará um relacionamento daqui alguns dias ou se continuará solteiro, disponível para o universo afetivo. Essa decisão depende também de outra pessoa, de outras circunstâncias. Sendo assim, seria interessante começar a considerar que se ainda não rolou, é porque não chegou a hora. E isso não é o mesmo que desistir, ou se rebelar, ou adotar posturas radicais ou, pior ainda, aceitar qualquer coisa. Muito pelo contrário. Quem adota a postura de que “antes mal acompanhado do que só”, certamente vai pagar o preço! E, geralmente, é alto!
Quando digo que você deve manter a coerência e o equilíbrio entre as duas escolhas, quero dizer que estar só ou ter um relacionamento implica em questões que nunca são absolutas ou determinantes. Nas duas posições, você certamente pode encontrar alegria, dissabores, prazeres, constrangimentos, enfim, vantagens e desvantagens. Aprender a tirar proveito de cada uma delas no momento em que elas se apresentam é sinal de inteligência, maturidade e, sobretudo, felicidade.
Não há absolutamente nada de errado em desejar namorar. Aliás, demonstra sanidade e coragem quem admite o que quer e age para alcançar seus desejos. Mas daí a acreditar que procurar alguém para se relacionar é o mesmo que procurar um tênis, uma bebida ou um objeto novo para adquirir, já é pedir para entrar numa espiral de confusões, conflitos e frustrações!
E infelizmente, vemos muitas pessoas se comportando exatamente assim, como se entrassem de loja em loja investigando, experimentando, lendo rótulos, comparando preços, entre outros detalhes. Em baladas, conversas ou aqui mesmo, onde podem conhecer pretendentes o tempo todo, agem de forma engessada, perdem a espontaneidade, descartam a deliciosa oportunidade de deixar fluir, de se entregar um pouco mais ao ritmo e sentir, apenas sentir, sem pressa.
Conhecem alguém hoje e somem amanhã. Não dão tempo para o verdadeiro encontro, para que a química aconteça. Não se permitem o imponderável. Não dão chance para que a sintonia se estabeleça... ou não! Simplesmente caem na armadilha da ansiedade, fixados na idéia de que precisam procurar um namorado e ignoram as entrelinhas, não enxergam o entorno.
Minha sugestão é, na verdade, um lembrete: autoconfiança e noção de merecimento são dois ingredientes altamente afrodisíacos e atraentes! Comece a usar os seus com sabedoria e verá!

Por Drª Rosana Braga

Fonte: parperfeito.com.br